sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

''Sucesso de Dilma é meu sucesso'', diz Lula em festa do PT

Quarenta dias após descer a rampa do Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a estrela do ato político organizado pelo PT, na noite de ontem, para comemorar os 31 anos do partido. Ao participar da festa, Lula atacou em tom exaltado a mídia e a oposição, que, no seu diagnóstico, estão tentando criar divergências entre o governo dele e o de Dilma Rousseff.

Andre Dusek/AE
Andre Dusek/AE
Comemoração. Dilma sopra a vela no bolo de aniversário do PT ao lado de Lula e Marisa

"O sucesso do governo Dilma é o meu sucesso. O fracasso de Dilma é o meu fracasso", reclamou o ex-presidente. Para ele, os formadores de opinião pública não entendem nada de psicologia. "A minha relação com a Dilma é indissociável nos bons e nos maus momentos", insistiu Lula, ao ser reconduzido à presidência de honra do PT.

Dilma chegou à festa bem depois, mas não discursou. Ao lado do padrinho político e de dirigentes petistas, ela assoprou velas de um bolo de 31 anos do PT e cantou Parabéns a Você.

Aplaudido de pé, Lula disse que sempre acreditou na candidatura de sua ministra da Casa Civil, mesmo quando todos diziam que ela era "um poste". Em tom irônico, o ex-presidente afirmou que baterá palmas toda vez que falarem bem de Dilma. "Eu apenas não estou no governo. Mas sou governo como qualquer companheiro que está no governo", insistiu. "Se a grande desconstrução do governo Lula é falar bem do governo Dilma, eu posso morrer feliz."

Terceiro mandato. Diante de um partido dividido por disputas internas relativas a cargos e espaços nas comissões do Congresso, e sem o aliado PMDB na plateia, o ex-presidente destacou que seu objetivo era eleger alguém que pudesse fazer mais e melhor. "Se fosse para fazer o mesmo, eu teria disputado o terceiro mandato", disse.

No papel de conselheiro do PT, Lula também pediu que seu partido e o aliado PSB não percam tempo e comecem a planejar candidaturas para as prefeituras, em 2012. "Tem muita cidade em jogo. Temos de maturar as alianças que queremos fazer."

A poucas cadeiras de distância do presidente da CUT, Arthur Henrique, o ex-presidente voltou a defender a manutenção do acordo firmado em seu governo para o reajuste do salário mínimo. "Ninguém precisa ficar brigando pelo salário mínimo. Vamos ficar brigando pelo salário máximo", discursou.

O auditório lotado do Sindicato dos Bancários reuniu os ex-presidentes do PT, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado José Genoino - réus no escândalo do mensalão -, além de ministros e governadores. Lula defendeu os companheiros e disse que, em 2005, o PT foi vítima da "campanha mais infame" contra um partido.

Em tom coloquial e provocando risadas na plateia, ele comparou a vida de um ex-presidente a de um "cão que cai de um caminhão de mudança, sem saber o lado que vai". Lembrou, porém, que continuará na ativa por muito tempo. "Se alguém acha que eu deixei a Presidência e me aposentei, escafedeu-se. Se tiver uma boa causa, terá um bom soldado na rua para lutar", observou. Lula e o presidente do PT José Eduardo Dutra também fizeram uma homenagem ao ex-vice-presidente José Alencar.

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110211/not_imp678138,0.php

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Dilma e Chávez devem manter reuniões trimestrais


BRASÍLIA — O Brasil e a Venezuela vão ampliar as parcerias nas áreas agrícola, social e de política externa. A ideia é fortalecer os financiamentos para a construção de casas populares e a integração na produção agrícola. Também deve ser prorrogada a interligação, por meio de comunicação por fibras ópticas, da Venezuela para Boa Vista (Roraima) e Manaus (Amazonas). Outra iniciativa é fortalecer a União das Nações Sul-Americanas (Unasul). A presidenta Dilma Rousseff e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, devem se reunir a cada três meses para avaliar os projetos em curso e os acordos firmados. A decisão foi tomada na última segunda-feira (7) durante reuniões dos ministros das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e da Venezuela, Nicolás Maduro. Patriota passou o dia ontem em Caracas e também conversou com Chávez. "Decidimos priorizar a questão da construção e o financiamento [de habitações populares], assim como os planos de integração e os financiamentos para a produção agrícola. Essas serão as principais prioridades dessa fase que se inicia com o governo da presidente Dilma Rousseff ", destacou o venezuelano. As informações são da imprensa estatal da Venezuela, a Agência Venezuelana de Notícias (AVN). Depois da reunião, Patriota destacou que para o Brasil, a Venezuela “desempenha um papel estratégico”. Por orientação de Dilma, o chanceler visita os países sul-americanos em uma demonstração que a política regional será a prioridade da política externa do governo. "O presidente Chávez quer começar muito rapidamente um intenso programa de reuniões, que devem ocorrer em breve, com a presidenta [Dilma Rousseff] para fazer um balanço sobre o que está em curso”, disse Patriota. Nas reuniões que teve ontem em Caracas, Patriota conversou ainda com o vice-presidente da Petróleos de Venezuela (PDVSA), Chávez Asdrubal, os ministros da Habitação, Ricardo Molina, e da Agricultura e Terras, Juan Carlos Loyola. investimentos de empresas brasileiras na Venezuela principalmente nos setores de mineração e construção civil. Em 2010, o comércio entre os dois países atingiu US$ 4,68 bilhões com saldo positivo ao Brasil de mais de US$ 3 bilhões. Atualmente, o Brasil é o terceiro maior parceiro comercial da Venezuela.

Fonte: http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=2&id_noticia=361535

Dilma: século 21 será da América Latina

Ao lado da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, a presidenta brasileira, Dilma Rousseff, afirmou que fez questão de eleger o país vizinho como destino para a primeira viagem internacional por considerar que Brasil e Argentina são cruciais para transformar “o século 21 em século da América Latina”.


“E estou falando necessariamente em transformar os povos brasileiro e argentino e também os [demais] da América Latina”, disse Dilma hoje (31) em pronunciamento à imprensa, na Casa Rosada, sede do governo argentino.

O crescimento, aliado à inclusão social dos povos dos países latino-americanos, marcou o discurso das presidentas. Dilma disse se sentir em um momento especial na Argentina e afirmou que os dois países vão aprofundar vínculos para construir um mundo melhor na região.

Cristina Kirchner disse, por sua vez, que as duas mandatárias têm em comum a visão de que a inclusão social deve ter protagonismo na condução das políticas de Estado. “Nós duas achamos que o crescimento e a soberania de uma nação devem ter como protagonista a inclusão social. O crescimento econômico só é bom se atingir a todos por meio da educação, da moradia.”

As presidentas reafirmaram a proximidade entre Brasil e Argentina. Cristina Kirchner lembrou o caminho trilhado pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner (falecido no ano passado) para aprofundar as relações bilaterais. Agora, acrescentou, elas darão continuidade a essas ações.

“Eles constituíram um relacionamento diferente que deu frutos e deve ser aprofundado como falamos na reunião que tivemos a sós. Isso deve significar também o aprofundamento da integração produtiva entre Brasil e Argentina”, afirmou a presidenta argentina. Ao final do discurso, ela ressaltou que a união Brasil e Argentina será ainda maior.

Dilma afirmou que os acordos assinados entre os dois países, durante sua visita a Buenos Aires, reforçam os vínculos já existentes e que a cooperação vai beneficiar o Brasil e a Argentina. “Abrimos um caminho de cooperação para beneficiar as economias argentina e brasileira, a fim de criar uma integração de plataformas produtivas e de construir cada vez mais o bem-estar de nossos países.”

Fonte: Agência Brasil.

Dilma na abertura do Ano Judiciário


A presidenta Dilma Rousseff compareceu, nesta terça-feira (1/2), à cerimônia de abertura do ano judiciário no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Coube ao presidente do STF, ministro Cezar Peluso, o discurso oficial no qual promoveu um balanço das atividades do Poder Judiciário brasileiro e do pedido para que se edite mais um pacto republicano, que tem por eixo assegurar um judiciário mais célere.

Na companhia do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a presidenta Dilma chegou à sede do Supremo, na Praça dos Três Poderes, trocou breves palavras com o ministro do STF Marco Aurélio de Mello e seguiu para o gabinete do presidente Peluso. Após alguns minutos, Dilma e Peluso se deslocaram até a sala contígua ao plenário.

O presidente do Supremo proferiu discurso no qual apresentou a radiografia do Judiciário nos últimos anos. Ele lembrou que por determinação do ex-presidente do STF Maurício Corrêa, em 2004, ficou estabelecido a cada ano, sempre no mês de fevereiro, o ato de abertura dos trabalhos do Judiciário. Peluso disse que no ano passado os magistrados brasileiros julgaram 14 milhões de processos. Em sete tribunais, segundo informou, os magistrados julgaram todo o estoque de ações.



Peluso destacou também que em 2010 o Poder Judiciário recuperou R$ 19,3 bilhões aos cofres públicos e explicou que alguns procedimentos adotados com o objetivo de tornar a máquina mais ágil permitiram a redução de processos distribuídos para os ministros daquela Corte Suprema. Um dos exemplos foi a introdução do procedimento eletrônico.

No discurso, o presidente do STF elencou a importância de aprovar a lei que alterou o código de processo e apontou projetos que tramitam no Congresso Nacional que podem ajudar na melhora da prestação do serviço do Judiciário brasileiro. Após o discurso, o ministro Peluso encerrou a cerimônia oficial.

Fonte: Blog do Planalto.

Compromisso com democracia e desenvolvimento social

O mais longo período democrático já vivido pelo Brasil, momento em que o povo brasileiro conquistou um ambiente de liberdade e participação efetiva na elaboração de políticas públicas e na condução dos rumos do país, foi tema da abertura da Mensagem da presidenta Dilma Rousseff encaminhada ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (2/2). O documento, lido pela presidenta Dilma durante a cerimônia de instalação da 1ª Sessão Legislativa da 54ª Legislatura do Congresso, reforça o compromisso do governo federal com a consolidação do desenvolvimento econômico e social do Brasil.

“É nosso dever consolidar e ampliar esta vivência democrática. É ela, afinal, que possibilita, avaliza e garante o amplo processo de transformações vivido por nosso país nos últimos anos. A democracia nos abriu um horizonte mais promissor de justiça social, redução das desigualdades sob todas as suas formas e consolidação de nosso desenvolvimento econômico e social”.

A seguir, os principais trechos da Mensagem ao Congresso Nacional, lida pela presidenta Dilma Rousseff.

Democracia
Uma democracia ampla exige atitudes, impõe responsabilidades e cobra dos seus governantes compromissos em relação a todos os cidadãos, independentemente de gênero, idade, credo ou raça. Para que a democracia seja exercida plenamente por todos, todos precisam ter oportunidades reais de crescimento pessoal, todos precisam ter assegurados – não apenas na letra da lei, mas no dia a dia – os seus direitos básicos de alimentação, moradia, emprego digno, educação de qualidade, acesso à saúde e cultura.

Combate à miséria
O Brasil não pode aceitar mais que milhares de pessoas continuem vivendo na miséria, que não tenham alimentação suficiente, que não tenham um teto para viver. É vergonhoso que, em um país capaz de produzir no ano passado 149,5 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, ainda haja cidadãos que passem fome. Esta não é uma missão que se restringe a nosso governo. É uma missão de todos os brasileiros.

Crescimento econômico
O crescimento econômico – combinado com uma ampla rede de proteção social – possibilitou nos últimos oitos anos que 27 milhões e 900 mil brasileiros obtivessem uma renda maior e ultrapassassem a linha da pobreza. A manutenção de uma política macroeconômica compatível com o equilíbrio fiscal – com ações firmes de controle à inflação e rigor no uso do dinheiro do contribuinte – será um dos pilares fundamentais do nosso Governo.

Salário mínimo
A manutenção de regras estáveis que permitam ao salário mínimo recuperar o seu poder de compra é um pacto deste governo com os trabalhadores. Asseguradas as regras propostas, os salários dos trabalhadores terão ganhos reais sobre a inflação e serão compatíveis com a capacidade financeira do Estado.

Defesa civil
No Brasil, não podemos – e não iremos – esperar o próximo ano, as próximas chuvas para chorar as próximas vítimas. Determinei, junto aos ministros responsáveis, a implantação de um sistema nacional de prevenção e alerta de desastres naturais. A partir da conjugação de dados meteorológicos e geofísicos será possível alertar para que as populações sejam retiradas das áreas de risco.

Educação
A educação será uma das prioridades centrais do nosso Governo. Somente com avanço na qualidade de ensino poderemos formar jovens preparados para desenvolver atividades produtivas tecnologicamente sofisticadas e aptos a conduzir o País aos plenos benefícios da sociedade, da tecnologia e do conhecimento. Hoje, milhares de jovens afrodescendentes, indígenas e das periferias são os primeiros de suas famílias a conquistar um diploma universitário.

Saúde
A oferta de saúde pública de qualidade, por meio da consolidação do Sistema Único de Saúde – SUS, terá primazia no nosso mandato (…). Para esse fim, serão considerados três pilares: financiamento adequado e estável para o SUS; valorização das práticas preventivas; e organização dos vários níveis de atenção aos usuários, garantindo atendimento básico e ambulatorial nas unidades de Saúde e nas Unidades de Pronto Atendimento – as UPAs.

Segurança pública
Outro pilar das prioridades governamentais é a segurança. Reitero nosso compromisso de agir no combate às drogas, em especial ao avanço do crack, que desintegra nossa juventude e fragiliza as famílias. A ação integrada de todos os níveis de governo, juntamente com a participação da sociedade, é o caminho para a redução da violência que tanto mal causa ao país.

Cultura
O avanço social tem que ser feito, necessariamente, por meio da valorização da diversidade cultural. A cultura é a alma de um povo, essência de sua identidade. Vamos investir em cultura, ampliando, em todas as regiões, a produção e o consumo de nossos bens culturais e expandindo a exportação da nossa música, cinema e literatura, signos vivos de nossa presença no mundo.

PAC e Minha Casa, Minha Vida
A determinação do governo em induzir o crescimento do País será aprofundada, já em 2011, com a consolidação do PAC 2 e da segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida. No PAC 2 estão programados para o período 2011-2014 investimentos em infraestrutura da ordem de R$ 955 bilhões (…). No Programa Minha Casa, Minha Vida está prevista a construção de 2 milhões de novas habitações, até 2014, envolvendo investimento de R$ 278,2 bilhões.

Copa do Mundo e Olimpíadas
Os investimentos previstos para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas serão planejados e articulados com vistas a assegurar benefícios permanentes de qualidade de vida para os cidadãos (…). Sobre esse último item, chamo a atenção para as nossas diretrizes na área de aviação civil. Temos urgência em ampliar e melhorar nossos aeroportos e beneficiar parcelas cada vez mais amplas da população que passam a ter acesso ao transporte aéreo.

Pré-Sal
Os recursos oriundos do Pré-Sal serão canalizados para a qualidade dos serviços públicos, a redução da pobreza e a valorização do meio ambiente. Trabalharei sem descanso para que a principal parcela das riquezas do Pré-Sal seja investida na melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro por longo período.

Meio ambiente
O crescimento da infraestrutura e da produção industrial e agropecuária ocorrerá em sintonia com a preservação ambiental. Desde 2003, o Brasil reduziu os índices de desmatamento na Amazônia em mais de 75%. Somos uma potência mundial da agroenergia. E ocupamos a vanguarda no combate aos graves efeitos das mudanças climáticas. Continuaremos mostrando ao mundo que é possível associar uma economia dinâmica e um forte crescimento com o respeito ao meio ambiente.

Política externa
Nossa política externa estará baseada nos valores clássicos da tradição diplomática brasileira: promoção da paz, respeito ao princípio de não intervenção, defesa dos Direitos Humanos e fortalecimento do multilateralismo(…). Nos fóruns multilaterais, defenderemos com vigor políticas econômicas saudáveis e equilibradas, protegendo o País da concorrência desleal e do fluxo indiscriminado de capitais especulativos e contribuindo para a estabilidade financeira internacional.

Reformas política e tributária
Trabalharemos em conjunto com esta Casa para a retomada da agenda da reforma política. São necessárias mudanças que fortaleçam o sentido programático dos partidos brasileiros e aperfeiçoem as instituições, permitindo mais transparência ao conjunto da atividade pública. A reforma tributária é também tema essencial, a fim de que o sistema tributário seja simplificado, racionalizado e modernizado, apontando para uma base de arrecadação mais ampla e com a desoneração de atividades indutoras do crescimento, em especial dos investimentos, assim como dos bens de consumo popular.

Fonte: Blog do Planalto.

Presidenta cumpre da primeira promessa de campanha

O início da tarde desta quinta-feira (3/2) foi definido pela presidenta Dilma Rousseff como o momento de honrar um compromisso assumido durante a campanha eleitoral. Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), a presidenta anunciou o início da distribuição gratuita de medicamentos contra hipertensão e diabetes por meio do programa Aqui Tem Farmácia Popular, medida que beneficiará mensalmente 960 mil pessoas.

"Eu decidi que é um dever do Estado brasileiro proporcionar a todos as condições de acesso regular e seguro aos medicamentos requiridos. Hoje, no momento em que meu governo completa um mês, eu tenho a satisfação de honrar esse compromisso que eu assumi”, comemorou.

Ao apontar dados referentes às duas doenças, a presidenta enfatizou que desde que tratados, os portadores de diabetes e hipertensão podem levar uma vida normal e ativa e que, nesse sentido, o governo trabalha para que o tratamento não seja interrompido. Além disso, lembrou a presidenta, a distribuição de tais medicamentos por meio da rede de farmácias particulares irá desonerar o Sistema Único de Saúde (SUS).

“Essas duas doenças prejudicam cada vez mais a saúde de homens e mulheres em nosso país. Em 2009, para a gente ter uma ideia, elas juntas foram responsáveis por 34% do total de óbitos no Brasil. Cerca de 30% da população adulta nem sabe que possui diabetes ou hipertensão”, afirmou.

Após a cerimônia, a presidenta Dilma Rousseff concedeu uma rápida entrevista aos jornalistas e afirmou que “no primeiro mês [de governo] foi muito trabalho e acredito que é uma indicação da quantidade de trabalho que terei nos próximos”.

Portaria

O evento marcou também o anúncio do credenciamento da drogaria de número 15 mil no Aqui Tem Farmácia Popular, que atualmente beneficia, por mês, cerca de 1,3 milhão de pessoas em todo país. Na ocasião, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou a portaria que regulamenta a distribuição gratuita de medicamentos para hipertensão e diabetes, bem como estabelece o prazo máximo -- até o dia 14 deste mês – para que as farmácias conveniadas se adaptem às novas regras.

De acordo com o Ministério da Saúde, o orçamento anual do programa Aqui Tem Farmácia Popular é de R$ 470 milhões, e o impacto dessa nova medida será definido com base nas informações do sistema de gerenciamento do programa.

Presente em mais de 2,5 mil municípios, o programa Farmácia Popular foi criado em 2004 com o objetivo de oferecer medicamentos essenciais a um baixo custo para a população, melhorando o acesso e beneficiando uma maior quantidade de pessoas. Os medicamentos podem ser adquiridos na rede “Aqui Tem Farmácia Popular”, onde o cidadão deve apenas apresentar um documento com foto, CPF e a receita médica para ter acesso ao benefício.

Fonte: Blog do Planalto

Dilma estreia programa de rádio Café com a Presidenta

O Café com a Presidenta trata, em seu programa de estréia, da distribuição gratuita de remédios para diabetes e hipertensão. A presidenta Dilma Rousseff lembra que essas são duas das doenças que mais matam no Brasil. Ela vê o acesso aos tratamentos de saúde e a melhoria das condições de vida da população como parte do combate à miséria.

Apresentador: Oi gente, eu sou o Luciano Seixas e estamos hoje estreando o Café com a Presidenta, uma conversa semanal que teremos toda a segunda-feira com a presidenta Dilma Rousseff. Olá, presidenta. Bem vinda ao nosso Café.

Presidenta: Olá, Luciano, tudo bem?

Apresentador: Tudo.

Presidenta: É uma alegria, viu, Luciano, começar hoje o Café. Eu gosto muito de falar no rádio, porque ele chega aos lugares mais distantes. E as pessoas podem escutar os programas e continuar o que estão fazendo. Eu quero fazer deste Café um ponto de encontro entre mim e o povo brasileiro. Toda semana, Luciano, eu quero ter uma conversa com você e com os amigos e as amigas que estão me ouvindo, sobre o nosso país. Falar do que temos feito e falar também do que pretendemos fazer para melhorar a nossa vida e discutir os desafios que certamente vão aparecer.

Apresentador: Presidenta Dilma, a senhora anunciou essa semana a gratuidade dos medicamentos para hipertensão e diabetes. A notícia foi recebida com entusiasmo por muita gente porque esses medicamentos saem caro. Representam um sacrifício grande, não é?

Presidenta: É verdade. Nós sabemos, Luciano, que muitas pessoas morrem ou desistem do tratamento. E nem vão ao médico porque não têm dinheiro para comprar remédio. E as doenças, muitas vezes, são consequências de uma vida muito dura. É por isso que a partir de agora nós vamos distribuir de graça os remédios para as pessoas com hipertensão e para as pessoas com diabetes. Você sabe, os medicamentos são o item que mais pesa no bolso das famílias mais pobres. Uma parte bem maior da renda da população mais pobre é gasta com remédio, enquanto que para os ricos, essa despesa pesa bem menos. Por isso o meu compromisso com a erradicação da miséria passa pelo programa "Saúde Não Tem Preço".

Apresentador: E o bom é que qualquer pessoa vai poder receber esses remédios de graça, sem burocracia.

Presidenta: Exatamente, Luciano. Por exemplo, você que está nos ouvindo e precisa, poderá receber de graça o seu remédio para hipertensão ou para diabetes nas farmácias perto de sua casa que tenha uma plaquinha escrita "Aqui tem Farmácia Popular". Basta que tenha a receita de seu médico. O que nós queremos é que todas as pessoas que tenham diabetes ou tenham hipertensão façam o tratamento completo, sem parar. Por isso o remédio vai ser de graça. Nós vamos começar a distribuir os remédios de graça a partir do dia 14 de fevereiro, a próxima segunda-feira.

Apresentador: Presidenta, a gente sabe que várias outras doenças fazem parte do programa "Aqui tem Farmácia Popular". Porque, então, o remédio de graça para quem tem diabetes e hipertensão – a chamada pressão alta?

Presidenta: Ah! É porque essas são as doenças que atingem o maior número de brasileiros e brasileiras. Estão entre as que mais matam no Brasil. Quarenta milhões de pessoas no Brasil ou têm diabetes ou tem hipertensão, e algumas têm as duas doenças combinadas. Aliás, a hipertensão é a maior causa das mortes por derrame cerebral. E o pior: muita gente nem sabe que tem pressão alta ou diabetes. Agora, como sabemos que essas doenças são perfeitamente controláveis se forem tratadas, a minha preocupação é que as pessoas tenham acesso ao tratamento.

Apresentador: Então, ouvinte, você já sabe: a partir de segunda-feira que vem, dia 14, se você é portador de hipertensão ou diabetes, poderá pegar o medicamento nas farmácias credenciadas.

Presidenta: Isso mesmo. É só procurar uma farmácia ou drogaria que tenha a plaquinha "Aqui tem Farmácia Popular" e receber o seu remédio mediante a apresentação da sua receita médica e do comprovante da sua identidade.

Apresentador: Agora, além de diabetes e da hipertensão, permanecem os descontos para outros medicamentos, não é mesmo?

Presidenta: É claro, viu Luciano, que os descontos vão permanecer. Hoje mais de 1 milhão de pessoas recebem remédios com grandes descontos nas farmácias do programa "Aqui tem Farmácia Popular". São remédios para tratamento de asma, colesterol alto, rinite, Mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma. Até é bom que se diga, nas farmácias "Aqui tem Farmácia Popular" também você tem acesso a fraldas geriátricas com grandes descontos.

Apresentador: Presidenta, obrigado por trazer ao nosso primeiro Café informações sobre a distribuição gratuita de remédios para hipertensão e diabetes, tão importante para a vida de milhões de brasileiros.

Presidenta: Olha, Luciano, eu estou muito feliz por conversar sobre isso aqui, com vocês, no Café com a Presidenta. Agora tem uma coisa, e eu quero dizer isso para o amigo e para a amiga que estão nos escutando. Eu não quero voltar aqui para dizer que aumentou o número de pacientes que compram remédios, porque o melhor é não ficar doente. O mais importante é você, amigo e amiga que me ouvem, cuidar da saúde, ter uma boa alimentação, fazer exercícios físicos. Quem usa esses medicamentos para diabetes e hipertensão sabe que a receita médica tem um prazo de validade. É importante voltar ao médico.

Apresentador: Obrigado, então, presidenta Dilma Rousseff, por essa primeira conversa, e até a próxima semana.

Presidenta: Olha, Luciano, obrigada você, e um abraço aos ouvintes que estão nos escutando.

Fonte: Café com a Presidenta.